De pernas pro ar!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"Nunca mais volta a dormir aquele que uma vez abriu os olhos”

Pé ante pé, foi dando passos em direção ao desconhecido. Dia após dia foi descobrindo um mundo novo a sua frente. Sabia, mas não entendia, que nada mais seria igual dali por diante. Era tudo novidade no seu mundo até então restrito.

Aquele universo se expandiu ao passo que o mundo dele também crescia. Um bifurcamento no seu caminho, daqueles que não há tempo de parar, pensar e decidir qual seguir. Foi coisa espontânea e imprevista. Quando se deu conta, já tinha mudado o trajeto.

Cores e sons cotidianos traduziram o que antes era dúvida. Nem tudo era novo, sua interpretação é que estava evoluindo. O ambiente sonhado, as circunstâncias perfeitas. Tudo agora era real.

A insegurança agora assombra aquele que não planeja, porém não chega a desmotivá-lo. A resposta para a pergunta que nunca fez está ali, na sua frente, como um glossário a auxiliar aquele que resenha um livro mesmo sem entendê-lo por completo. Relações profissionais, conversar informais, tudo era mais simples que imaginava.

Pra que continuar a ser aquele, se o novo é melhor pra mim? Porque se restringir se meu destino é ser um pouco de tudo?

Há de ser registrar, porém, que toda mudança requer uma fase de adaptação. Nem todos aceitam ou creditam confiança no novo. Principalmente se é, nas circunstâncias do novo, que se evolui.

Foto: Melina - Flickr Honey Pie!

3 comentários:

Lucas Castello Branco disse...

Adorei Flávia ! Muito bacana o texto, escreves muito bem. =)

Pedro Henrique Miranda disse...

"Nem tudo era novo, sua interpretação é que estava evoluindo."
Fera.
Muito fera.
Me pego indagando muitas vezes por aí.
Se o mundo que muda ou se a nossa idéia de mundo que mudou...
Ou seja, uma questão metafísica mesmo.
E muitas vezes 'evoluir' nesse contexto literário, se assim posso dizer, é evoluir biologicamente falando.
Até por que é achando o mundo feio e acabado que tomamos por melhorá-lo. Me entende? É vendo que a vida não é bela que nós a fazemos ficar. E acredito que somos nós, os que vêem o feio, que somos os escolhidos da tal seleção natural de Darwin. São nossas gerações que farão um mundo melhor.
É tudo um pouco concatenado. Um fado, já era. Nascemos para melhorar o mundo, os covardes que se contentem com esse "belo mundo globalizado" (plim plim).
Você e eu, sempre em ajuda mútua...

Flávia Umpierre disse...

É bem isso mesmo! A inquietude nos faz criar e reinventar alternativas pra evoluir.

Realmente, nosso fado. O karma dos inquietos e corajosos.