A noite de ontem me lembrou a nossa noite. Digo nossa noite porque foi só o que nos restou, a lembrança de uma noite.
Na estante da nossa história, acabei por abrir uma gaveta diferente.
Encontrei lembranças que achei ter esquecido.
Realmente acreditei que não as veria novamente.
Muito menos imaginei que teria tal reação ao tê-las de volta ao meu quarto.
Com a mão pronta para discar seu número. Não o tenho mais.
Apenas chamei por teu nome.
E por um segundo quase pude senti-lo de volta a meus lençóis.
Então vi o contorno de seus mansos olhos amendoados iluminados apenas pela luz que entrava pela janela.
Novamente beijei a ponta do seu nariz. Me despedi.
Hoje não sei o que dizer da façanha do tempo, que na de esfriar conseguiu tirar faísca do que era gelo.
E de tanto que estudei, aprendi errado.
Mas sigo meu caminho.
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